Perícia alerta para riscos do uso dos cigarros eletrônicos no Carnaval
Dispositivos são nocivos, têm venda proibida e podem gerar lesões no pulmão
Divulgação/Ministério da Saúde
Com o inĂcio das festividades carnavalescas, o Instituto de AnĂĄlises e Pesquisas Forenses (IAPF), órgão vinculado à Secretaria de Segurança PĂșblica de Sergipe (SSP/SE), faz o alerta para os riscos à saĂșde com o uso dos cigarros eletrônicos, conhecidos como Vape. Enquanto um maço de cigarro com 20 unidades equivale a 300 tragadas, o Vape pode chegar a 1,5 mil tragadas. Além disso, as substâncias presentes nesses equipamentos podem gerar inflamações no pulmão. Por isso, a resolução nÂș 46/2009 da AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) proĂbe a venda desses dispositivos no Brasil.
De acordo com o perito criminal Nailson Correia, os estudos cientĂficos sobre o uso de cigarros eletrônicos demonstram que o vapor é inalado e chega aos pulmões. "Devido à alta temperatura e às substâncias presentes no Vape, hĂĄ inflamação e lesões pulmonares. Por isso, é necessĂĄrio tomar cuidado quanto ao uso desses aparelhos. Lembrando que menores não podem e não devem fazer uso desse item", ressaltou.
Conforme o perito, na fabricação destes dispositivos eletrônicos são utilizados vĂĄrios ĂĄcidos, como por exemplo o ĂĄcido benzóico. "Além disso, a substância propilenoglicol estĂĄ incluĂda em 90% dos vaporizadores que estão à venda. Porém, algumas pessoas são alérgicas e podem ter consequĂȘncias sérias. Esses compostos quĂmicos quando chegam ao pulmão, podem provocar o processo inflamatório", alertou.
Nailson Correia destacou também que, em Sergipe, as investigações da PolĂcia Civil vĂȘm resultando em um aumento do nĂșmero de apreensões desses equipamentos. "E com as anĂĄlises quĂmicas da PolĂcia CientĂfica, ficamos preocupados com o nĂșmero de amostras analisadas em que foi identificada a presença da nicotina. Em torno de 85% das amostras analisadas continham a nicotina", evidenciou.
O perito criminal relembrou que a comercialização desses dispositivos é proibida no Brasil. "Infelizmente, as pessoas conseguem driblar e comercializar esse tipo de produto. E é importante ressaltar que o consumo desse tipo de dispositivo por menores é expressamente proibido. Os fabricantes inclusive adicionam nicotina justamente pelo alto poder viciante que tem essa substância", finalizou.
Fonte: Governo de Sergipe