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Perícia alerta para riscos do uso dos cigarros eletrônicos no Carnaval

Dispositivos são nocivos, têm venda proibida e podem gerar lesões no pulmão

Por Gilson Neto em 18/02/2023 às 00:20:26

Divulgação/Ministério da Saúde

Com o inĂ­cio das festividades carnavalescas, o Instituto de AnĂĄlises e Pesquisas Forenses (IAPF), órgão vinculado à Secretaria de Segurança PĂșblica de Sergipe (SSP/SE), faz o alerta para os riscos à saĂșde com o uso dos cigarros eletrônicos, conhecidos como Vape. Enquanto um maço de cigarro com 20 unidades equivale a 300 tragadas, o Vape pode chegar a 1,5 mil tragadas. Além disso, as substâncias presentes nesses equipamentos podem gerar inflamações no pulmão. Por isso, a resolução nÂș 46/2009 da AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) proĂ­be a venda desses dispositivos no Brasil.

De acordo com o perito criminal Nailson Correia, os estudos cientĂ­ficos sobre o uso de cigarros eletrônicos demonstram que o vapor é inalado e chega aos pulmões. "Devido à alta temperatura e às substâncias presentes no Vape, hĂĄ inflamação e lesões pulmonares. Por isso, é necessĂĄrio tomar cuidado quanto ao uso desses aparelhos. Lembrando que menores não podem e não devem fazer uso desse item", ressaltou.

Conforme o perito, na fabricação destes dispositivos eletrônicos são utilizados vĂĄrios ĂĄcidos, como por exemplo o ĂĄcido benzóico. "Além disso, a substância propilenoglicol estĂĄ incluĂ­da em 90% dos vaporizadores que estão à venda. Porém, algumas pessoas são alérgicas e podem ter consequĂȘncias sérias. Esses compostos quĂ­micos quando chegam ao pulmão, podem provocar o processo inflamatório", alertou.

Nailson Correia destacou também que, em Sergipe, as investigações da PolĂ­cia Civil vĂȘm resultando em um aumento do nĂșmero de apreensões desses equipamentos. "E com as anĂĄlises quĂ­micas da PolĂ­cia CientĂ­fica, ficamos preocupados com o nĂșmero de amostras analisadas em que foi identificada a presença da nicotina. Em torno de 85% das amostras analisadas continham a nicotina", evidenciou.

O perito criminal relembrou que a comercialização desses dispositivos é proibida no Brasil. "Infelizmente, as pessoas conseguem driblar e comercializar esse tipo de produto. E é importante ressaltar que o consumo desse tipo de dispositivo por menores é expressamente proibido. Os fabricantes inclusive adicionam nicotina justamente pelo alto poder viciante que tem essa substância", finalizou.

Fonte: Governo de Sergipe

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