Uma tradição de quase 300 anos abriu as celebrações da Semana Santa no interior de Goiás.
À meia-noite, as luzes do Centro Histórico da cidade de Goiás são desligadas. O silêncio é quebrado pelo som dos tambores. É o início da procissão.
Um padre, há quase 300 anos, começou sozinho essa encenação. Hoje são 40 homens, que além de segurar as tochas, encaram um outro desafio, que nem todos percebem: eles caminham descalços pelas ruas de pedra.
A procissão atrai cerca de 40 mil pessoas. As janelas e portas dos casarões ficam abertas à espera da passagem dos farricocos, que representam os soldados romanos.
"Eu acho maravilho. Eu sou daqui, então eu gosto muito. Emocionante", diz a dona de casa Aparecida Velasco.
A Igreja do Rosário representa o local da Santa Ceia. A Igreja de São Francisco é o Monte das Oliveiras. Nas escadarias, um estandarte surge com a imagem de Jesus. O toque do clarim anuncia que ele foi preso e crucificado. É o momento de refletir sobre a mensagem de uma história contada há mais de 2 mil anos.
Jornal Nacional