Os deputados estaduais debateram, nesta terça-feira (11), a necessidade de garantir segurança aos estudantes nas escolas do estado. Foi ainda mencionado um ataque realizado por uma adolescente hoje, em um colégio de Goiás que feriu dois colegas e uma professora.
O deputado Marcos Oliveira (PL) subiu à tribuna para falar sobre o assunto. "Uma discussão e preocupação que tem tirado o sono e feito pais e mães de família terem crises de ansiedade, é um debate extremamente importante. A gente tem acompanhado ataques sistemáticos às escolas e que tem vitimado crianças inocentes", destacou.
O parlamentar pontuou que a existência de dificuldades psicológicas enfrentadas, que possivelmente antes não era constatado ou agora tem dado maior visibilidade. Marcos Oliveira defende que é preciso resguardar os estudantes.
"Não há riqueza, que está bem guardada nos bancos com portas giratórias e seguranças armados, que seja mais importante do que os nossos filhos que estão nas escolas. Não há por que a gente se preocupar tanto com bens materiais quando as nossas crianças têm sido vítimas de chacinas", declarou.
Ele informou ter protocolado um Projeto de Lei, de sua autoria, criando uma política estadual de segurança nas escolas públicas e privadas do estado. A discussão fala sobre instalação de detector de metais, com segurança especializada, câmera de monitoramento, treinamento de situação de risco e acompanhamento psicopedagógico.
O deputado acrescentou a necessidade de debater sobre redes sociais e acesso ilimitado das crianças e adolescentes a esses meios. Ele citou vocabulários e costumes que não refletem a casa onde esses meninos e meninas moram, mas que são falados e feitos por eles.
"A gente acha que nossos filhos têm uma personalidade e é outra. De forma simplista, é fácil colocar a culpa na criação ou nos pais, mas a gente tem visto o globalismo, o consumismo, a gente está errando e precisa saber onde está errando", finalizou.
Apartes
Em aparte, a deputada Lidiane Lucena (Republicanos) pediu que os pais conversem com os filhos, se atentem ao que estão vendo nos telefones celulares e olhem as mochilas. Ela falou que é preciso disseminar uma onda de parceria.
"Essa onda de pânico e medo que a gente tem por causa desses ataques. O que eu vejo é todos com medo de deixar seus filhos nas escolas, a gente tem que ter cuidado nessa divulgação porque outras pessoas se encorajam, hoje com essa difusão dos meios através das redes sociais eles se comunicam e o objetivo que eles têm é de ser eternizados. Então tem que ter cuidado de não mostrar quem fez isso", afirmou.
Também, o deputado Adailton Martins (PSD) disse estar feliz pela evolução do parlamentar em discutir o assunto. Ressaltou que na semana passada, um projeto de lei que falava sobre colocação de assistente social e psicólogo nas escolas foi retirado de pauta por falta de quórum. Em tempo, parabenizou a iniciativa do colega parlamentar sobre o propositura protocolada na casa.
O líder da oposição, deputado Georgeo Passos (Cidadania), lembrou também no aparte, que apenas quatro oposicionistas estavam na Casa naquele dia – deputado se fere da retirada do projeto citado pelo deputado Adailton Martins. Ele ainda acrescentou que "os pais e mães estão aflitos com essa temática".
Mais projetos
O deputado Neto Batalha (PP) também subiu à tribuna para informar que protocolou um PL semelhante. "De forma epidêmica tem se proliferado esses ataques diabólicos, cujas causas ainda não são compreendidas. Eu protocolei um projeto para que fiquem as escolas de rede pública e privada de ensino obrigadas a contratar serviço de segurança especializada para atuar nos estabelecimentos de ensino. Com isso também fazer com que secretarias de educação devam promover parceria com a secretaria de segurança pública", declarou.
Neto Batalha enfatizou que para a medida de segurança nas escolas, conteúdo do projeto contempla uso de armas letais ou não-letais para inibir os ataques, mas que ficaria a critério das escolas escolher quais armas usar. Ele falou que em órgãos públicos e privados há a segurança, por isso questionou o motivo de não ter essa preocupação nas escolas.
Em aparte, o deputado Luciano Pimentel (PP) destacou a importância do assunto e parabenizou os deputados pela iniciativa em apresentar os projetos de lei que garantam a segurança das crianças e adolescentes.
"É um tema muito importante e aflige as todas as pessoas que têm crianças nas escolas. Antes não ouvíamos falar no Brasil e hoje passou a acontecer fatos continuamente e isso nos preocupa muito", afirmou.
As declarações ocorreram durante o grande expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).
Fonte: Alese