O senador Davi Alcolumbre (União-AP) deu aval à escolha do deputado Celso Sabino (União-PA) para o Ministério do Turismo, substituindo Daniela Carneiro. Agora, Lula irá se reunir com Sabino entre amanhã e sexta-feira para fazer o anúncio oficial.
A reunião aconteceu no final da tarde desta quarta-feira (12) no Palácio do Planalto. Participaram do encontro o presidente, o senador e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Segundo auxiliares do presidente, Alcolumbre reafirmou o interesse do União Brasil de indicar um novo presidente dos Correios, no lugar do advogado Fabiano Silva, que atualmente preside a estatal. Interlocutores do Planalto dizem que Lula ouviu o pedido, mas afirmou que agora é o momento de tratar da troca no Turismo.
Lula quer que os líderes do União Brasil assumam que a indicação de Sabino é uma decisão do partido, e não de uma ala específica. Isso porque, ao longo do semestre passado, parlamentares do União Brasil argumentaram que o partido, como um todo, não estava representado na Esplanada, já que os três ministros ligados à sigla foram indicações de Alcolumbre ou da cota pessoal de Lula.
Disputas no União
Além disso, nos últimos dias, houve um mal-estar entre caciques do União. O motivo foi a carta que parte da bancada do partido divulgou na semana passada, defendendo o adiamento da reforma tributária, em resposta à demora do governo em confirmar Sabino no Turismo.
O líder do União na Câmara, Elmar Nascimento (BA), ficou incomodado com o movimento e responsabilizou o deputado Luciano Bivar (União-PE), além do próprio Sabino.
Por causa disso, Lula tinha dúvidas se Sabino ainda era um nome consensual do partido. O governo ouviu de Elmar, Bivar e, agora, de Alcolumbre, que sim, que o deputado tem o respaldo da sigla.
A ideia do presidente era se reunir conjuntamente com Alcolumbre, Bivar e Elmar para formalizar o anúncio de Sabino no Turismo, mas dificuldades na agenda e também as disputas internas inviabilizaram o encontro - Elmar está fora do país, em um cruzeiro nas Bahamas junto com o presidente da Câmara, Arthur Lira.
G1/Política