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Brasília

Lewandowski determina afastamento da direção do presídio de Mossoró e nomeia interventor

Ministro da Justiça tomou providências após a primeira fuga de presídios federais de segurança máxima.


Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom´/Agência Brasil

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou nesta quarta-feira (14) o afastamento imediato da atual direção da penitenciária federal de Mossoró. Lewandowski escalou um interventor para comandar a unidade.

As providências foram tomadas após a fuga de dois presos da unidade. Essa foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que conta com presídios de segurança máxima localizadas em Mossoró (RN), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF).

Até a última atualização desta reportagem, o ministério não havia informado o nome do interventor.

Outras medidas

No início da tarde, autoridades do Ministério da Justiça viajaram para Mossoró. Além do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, também viajam o diretor do Sistema Penitenciário Federal, Marcelo Stona, e o diretor de Inteligência Penitenciária, Sandro Abel.

A previsão, segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), é de que seja criado um gabinete de crise com representantes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, além do sistema de segurança estadual do Rio Grande do Norte.

Além de acionar grupos operacionais, o governo do Rio Grande do Norte também disponibilizou uma aeronave para auxiliar nas buscas – o presídio fica em uma área rural, a cerca de 15 quilômetros do centro de Mossoró.

Veja demais providências adotadas por Ricardo Lewandowski:

  1. Ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró. Ele estará acompanhado de uma equipe de seis servidores. O objetivo é investigar no local as causas da fuga e avaliar quais ações administrativas podem ser tomadas.
  2. Abertura de investigações por parte da Polícia Federal. Envio de uma equipe de peritos da corporação ao local, para apurar responsabilidades e atuar na recaptura dos dois fugitivos.
  3. Atuação das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado, que unem as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada, para colabor com a busca pelos presos.
  4. Determinação para que a Polícia Federal inclua os nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol. Também ordenou a inclusão dos nomes no Sistema de Proteção de Fronteiras. O objetivo é que as buscas possam ser feitas também pela comunidade policial internacional.
  5. Acionamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para monitoramento das rodovias em busca dos fugitivos.
  6. Revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.

G1

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