O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região anulou nesta terça-feira (3) as eleições do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo (SindMotoristas), realizadas em meio a graves denúncias de irregularidades. Entre as acusações destacam-se tumultos, a ausência de urnas eletrônicas – descumprindo um acordo prévio – e suspeitas de fraude generalizada, que comprometeram a lisura do pleito. A decisão judicial determinou que novas eleições sejam realizadas em até 90 dias e reconduziu Valdevan Noventa ao cargo de presidente.
Valdevan, que possui histórico de liderança no sindicato, enfrentou acusações de cunho político durante anos. Segundo ele e seus apoiadores, essas denúncias foram motivadas por adversários interessados em desestabilizar sua atuação em defesa dos trabalhadores. "As acusações contra mim são infundadas e representam uma tentativa de afastar quem realmente luta pela categoria. Esta decisão é uma vitória de todos os motoristas e cobradores que querem justiça", afirmou em um discurso que gerou comemorações entre seus apoiadores.
O cenário eleitoral, já conturbado, foi agravado por episódios de violência, e paralisações que prejudicaram mais de 500 mil passageiros. Esses fatos reforçaram as suspeitas de que o processo havia sido comprometido por práticas fraudulentas.
Com o retorno de Valdevan, considerado um salvador da categoria por seus apoiadores, cresce a expectativa de que o novo pleito, agora sob supervisão da Justiça, será mais transparente. Sua liderança interina é vista como uma oportunidade para restabelecer a confiança e unificar os trabalhadores.
A decisão e o impacto para o SindMotoristas, um dos maiores sindicatos do Brasil, destacam a necessidade de integridade na gestão sindical.
Valdevan Noventa