O Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), vinculado à Polícia Científica, realizou um seminário sobre drogas sintéticas a policiais militares e civis de Sergipe. O evento aconteceu nesta segunda-feira (4), na Academia de Polícia Civil (Acadepol). O objetivo do seminário foi o de fomentar o conhecimento sobre a importância da identificação de vestígios e substâncias no âmbito de crimes cometidos em Sergipe.
As instruções foram ministradas pelos peritos Ricardo Leal e Bruno Rafael Araújo, do IAPF. O perito criminal Ricardo Leal explicou que o seminário é de atualização sobre o cenário atual de drogas sintéticas. "E que tem assolado diversos estados do Brasil e também o mundo há pelo menos dez anos. Em Sergipe, as primeiras apreensões ocorreram entre 2013 e 2014, e novas substâncias têm aparecido", destacou.
Conforme o perito Ricardo Leal, as drogas sintéticas inclusive já foram responsáveis por mortes. "Algumas dessas drogas ilícitas já foram usadas por pessoas que morreram com intoxicação. Então, nós vamos abordar esse tema muito importante no aspecto da toxicologia e da química forense", ressaltou.
Ricardo Leal também evidenciou que, por serem drogas novas, é essencial o detalhamento propiciado pelo seminário. "Como são substâncias novas com diferentes aspectos físicos e diferentes formas de apresentação, é importante que os policiais tenham esse conhecimento para que eles possam fazer o seu trabalho diário", comentou.
O perito ressaltou ainda que, embora as drogas possam parecer entorpecentes já conhecidos, há a possibilidade de serem novas substâncias. "Aparentemente, essas substâncias são drogas comuns que a gente já conhece há muito tempo, mas após as análises dessas drogas, a gente percebe que são substâncias novas, que podem trazer diversos problemas para o usuário", acrescentou Ricardo Leal.
Já conforme o perito criminal Felipe Maia o seminário também abrange informações acerca da preservação de local de crime. "Falando a respeito da cadeia de custódia, que é todo o procedimento feito a partir do vestígio que é visualizado no local de crime. O vestígio tem que ser processado para que seja levado à justiça e seja transformado em evidência na persecução penal", ressaltou.
O tenente Romilson Santos, integrante da Polícia Militar e um dos participantes do seminário que foi realizado na Acadepol nesta segunda-feira, considerou o seminário importante para fortalecer a integração entre as forças de segurança pública de Sergipe. "Como também para preservação do local de crime para que a ocorrência, delitos e crimes, sejam resolvidos de maneira eficaz", mencionou.
O policial civil Evanio Silva, também participante do seminário, reforçou a integração entre as forças de segurança pública e reconheceu a relevância dos conhecimentos passados no evento. "É muito importante, em virtude da integração entre as polícias Civil e Militar, como também quanto à preservação de local de crime. Esse seminário está nos trazendo informações corretas acerca dessa preservação do local", finalizou.