86% das amostras de cigarros eletrônicos analisadas pelo Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) em Sergipe continham substâncias cancerígenas e viciantes, similares às que compõem os cigarros tradicionais. O resultado da análise, realizada com 123 amostras de material apreendido pela Polícia Civil, foi divulgada nesta sexta-feira (10).
"Os cigarros eletrônicos são dispositivos criados para substituir os cigarros comuns à base do tabaco. Hoje, eles são conhecidos como pods ou vaporizadores ou, apenas, vape", explicou o perito criminal do IAPF Nailson Correia.
Além de nicotina, substâncias como propilenoglicol, glicerol e metais pesados foram encontradas.
"Encontramos o propilenoglicol que, quando é aquecido, se transforma em formaldeído que é muito conhecido por ser uma substância carcinogênica. Encontramos, também, o glicerol que, quando aquecido se transforma em acetaldeído, que é uma substância tóxica, além do etilenoglicol que, dependendo dos intemperismos, é uma substância explosiva. Também há metais pesados", acrescentou.
O perito ainda destacou a presença de ésteres, que são viciantes. "São substâncias extremamente nocivas, e vale o alerta de que fazem mal à saúde e são viciantes. São colocadas para atingir principalmente o público jovem, por isso também recomendamos a atenção dos pais", complementou o perito criminal.
Fonte: G1/SE