O deputado Inácio Loiola (MDB) pediu a palavra durante a sessão desta terça-feira, 14, para criticar a empresa Águas do Sertão, que por 35 anos será responsável pelos serviços de saneamento em parte do Agreste e Sertão, totalizando 35 municípios alagoanos. "Essa concessão, formada pelo consórcio Conasa e pelo grupo Alonda, possui um projeto para investir R$ 1,89 bilhão ao longo de 35 anos, para que todo sertanejo tenha água em sua casa. Mas, lamentavelmente, a Águas do Sertão tem decepcionado demais, tem sido tema de grandes reclamações por parte de toda a família sertaneja", iniciou o parlamentar, em sua série de críticas.

"Até o presente momento, não houve investimento no que diz respeito à infraestrutura, apenas na troca de hidrômetros", informou Loiola. O deputado afirma que famílias estão sendo cobradas de forma equivocada, citando o caso de uma casa em Santa do Ipanema, onde foi detectado o consumo de 3 mil litros d'água, resultando em uma conta superior a R$ 500", citou Loiola.

"Vou entrar com um requerimento solicitando audiência pública, de modo que essa empresa, Águas do Sertão, venha explicar minuciosamente essa tarifa, essa taxa, que está cobrando dos usuários", frisou o parlamentar, considerando uma "verdadeira vergonha" ter presenciado os casos de preços, segundo ele, irregulares. "Eu acredito que eles estão cobrando pela fachada da casa e não pelo hidrômetro", disse Loiola, indo além e também comunicando que funcionários estariam adentrando na casa dos moradores, procurando saber quantos banheiros e pias eles têm. "Ou seja, não existe precisão em relação à cobrança do consumo de água".

Em aparte, os deputados Delegado Leonam (União) e Cabo Bebeto (PL) concordaram com as falas do colega, lembrando que reclamações semelhantes podem ser usadas contra a BRK. "Outras concessionárias aplicam uma taxa altíssima, que realmente pune os consumidores", disse o Delegado Leonam, falando em desserviço com aumentos na tarifa de esgoto.

"No bairro da Jatiúca, a BRK, desde o começo do ano, tenta resolver um problema na rua Hamilton de Barros Soutinho, que levou até mesmo à uma intervenção do Ministério Público, com reunião entre a empresa e os moradores", destacou o Cabo Bebeto, sugerindo ainda que a Arsal (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas) deveria ser cobrada para aplicar punições às falhas da BRK.