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DAGV indicia funcionárias de loja do Centro de Aracaju por racismo

Resultado da investigação foi apresentado ao Ministério Público Estadual

Por Gilson Neto em 26/03/2023 às 22:05:09

Divulgação

Em reunião realizada na manhã de sexta-feira (24) no Ministério PĂșblico de Sergipe (MPSE), a Delegacia Especial de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância (DEACHRI), vinculada ao Departamento de Atendimento a Grupos VulnerĂĄveis (DAGV), apresentou a conclusão da investigação sobre o caso de racismo em uma loja do Centro de Aracaju. Duas funcionĂĄrias foram indiciadas pelo crime de racismo.

De acordo com a delegada Meire Mansuet, os indĂ­cios coletados na investigação apontam para a ocorrĂȘncia do crime de racismo. "Duas funcionĂĄrias foram indiciadas pela prĂĄtica do crime de racismo. O inquérito policial foi encaminhado à justiça, onde elas responderão judicialmente pela prĂĄtica desse crime", enfatizou.

Conforme a delegada, também houve reunião no Ministério PĂșblico para discussão de polĂ­ticas pĂșblicas de enfrentamento ao racismo. "Principalmente nas lojas do comércio do estado de Sergipe para que esse tipo de crime não venha ocorrer, porque estamos recebendo muitas denĂșncias de pessoas que estão sendo observadas nas lojas", citou.

O promotor de justiça Fausto Valois, da Coordenadoria de Promoção de Igualdade Ética, destacou que o objetivo da reunião foi trazer a reflexão dos movimentos acerca do que eles percebem em torno do caso registrado na loja do Centro de Aracaju. "E também em relação a quais providĂȘncias serão adotadas para que esses casos não voltem a ocorrer", disse.

Segundo o promotor, é preciso ter mecanismos que não exponham as pessoas a situações como a que ocorreu no Centro de Aracaju. "E não se colocar uma pessoa que goza da presunção de inocĂȘncia para que depois se descubra que não aconteceu nenhum crime. É preciso ter responsabilidade e os fatos devem ser levados à investigação", comentou.

Racismo

Meire Mansuet relembrou que o crime de racismo ocorre quando a pessoa é discriminada pela cor da pele e etnia. "Então essa pessoa sofre alguma atitude discriminatória em relação à cor da sua pele, como ocorreu no caso dessas duas mulheres dentro de uma loja no Centro de Aracaju", pontuou.

Fonte: SSP/SE

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Renan Calheiros

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